Perdurabo, todavia...
Vimos cruzando este abismo há demasiado tempo. Juntos, é certo, mas num estado francamente deplorável. O mais longo inverno se abateu sobre as nossas cabeças, e perdemos de vista qualquer promessa de luz.
É sabido que o abismo é necessário ao Mago para que se lhe estilhace o ego. Mas, – que raio! – não há mais pachorra para tanta entropia! Já sede de resultados não temos; nem sequer a esperança sobra.
Deveríamos ter já descortinado algum subtil significado nas maquinações do destino? Ou, muito simplesmente, bastaria termo-nos acomodado à noção de que nada tem significado algum?
Anónimo
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