quarta-feira, maio 26, 2004

A minha recente maratona de meditaçao através da privaçao de sono deve ter destrancado um qualquer sótao escuro no meu inconsciente... Dele saíram espectros que agora se movem livremente pelas sombras da minha mente, evitando a luz e aparecendo inesperadamente, quais salteadores de pensamentos. O que é certo é que algo mudou definitivamente nas configuraçao das sinapses do meu cérebro. Esta noite, nao conseguia dormir. Dei comigo a dar voltas na minha cama, a torcer os lençóis de seda, tentando tapar a cabeça com a almofada de penas de pavao. E nao conseguia dormir. Nao me conseguia livrar de um profundo sentimento de mal estar, como se estivesse entranhado nos meus ossos, a roer, a roer, a roer... Com o olhar, habituado á escuridao, percorri os 300 m2 do meu quarto, a cómoda Luís XV, A lareira renascentista, os quadros de Monet e Rembrandt, o meu protótipo Pentium 7, as estátuas de Rodin... E foi com um esgar de pânico que fui assaltado pela nítida sensaçao de que nao era feliz! Nada, nenhum destes símbolos de riqueza me concediam a mais ínfima satisfaçao. Nao sentia nada por eles! Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada. Nada.



Nada que um copinho de Trinaranjus e uns joguinhos novos de Playstation2 nao curassem. Como estou feliz!

O vosso querido,
Anónimo

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