sábado, novembro 23, 2019

Cada nascituro é um prego no caixão dos antecessores, cada perda mais um furo na tua alma,
até que sejas mais buraco que gente.

A recordação da coisa finda liga-a à vida, mas a perda dessa memória implica um segundo luto. E a cada hora nova há um património de memória que desaparece

Talvez como forma de preparar o teu lugar

Na longa marcha de finados


que vai daqui ao princípio do tempo

Anónimo

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