segunda-feira, agosto 20, 2012

Que nervos!

A minha sede de Absoluto é directamente proporcional ao meu grau de insatisfação nervosa. Não é mero acaso que a solidão seja condição para a comunicação extraplanar.

Mas só num plano estritamente racional isto é contraditório da esperiência mística. Antes pelo contrário – o facto dela ter raíz em reacções químicas bem conhecidas ancora-a na realidade científica.

E nisto reside o maior perigo para a mente de propensões oceânicas: deixar-se atolar no conformismo da permanente sublimação. E ver-se transformado em beatífico cordeiro, para quem a via contemplativa é o tudo.

Anónimo

0 comentários: