segunda-feira, março 05, 2012

Qualintéfaro e a Caverna

No final dos seus dias, Qualintéfaro viaja, deambulando sem rumo pelas montanhas, suas vizinhas. E, certa ocasião, depara-se com uma pequena caverna, escondida por detrás de uns fetos mutantes.
Era uma caverna bastante medonha, de tom sombrio e, por estar escondida de qualquer indício de luz, exalava um odor fétido e seco, tal que parecia atacar fisicamente quem se aproximava.

Qualintéfaro, aventureiro como sempre foi, não hesitou e avançou escuridão a dentro.


No interior, uma brisa uterina abraça-o lentamente enquanto avança. Cada vez que dá um passo, o tecto diminui e as paredes aproximam-se. A escuridão aumenta assim como o conforto. Qualintéfaro encolhe-se e aconchega-se na profunda chaga do Planeta.

E lá ficou, para nunca mais ser visto.
Moral da história? Para quê?

Anónimo

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