quarta-feira, novembro 05, 2008

Tenho dito!

A mim, os de olhar nervoso, a dardejar em todas as direcções,
Que fulmina quem nele se atravessa

A mim, os possuidores de imaginações furiosas,
Que os fazem confundir frequentemente
O que está dentro com o que está fora

A mim, aqueles de mercúrio,
Impossíveis de agarrar

A mim, os que estão em constante expansão desde o início dos tempos,
Já antevendo a sua própria consumação
Porque é inevitável que se dissolvam em qualquer ninharia

A mim, aqueles que quando falam lhes tremem os dentes
E lhes palpita o coração

A mim, aqueles que quando riem ou choram o fazem como se não houvesse diferença entre essas coisas,
Porque reconhecem não haver diferença entre essas coisas

A mim, aqueles que amam de tal forma que lhes parece sempre uma violência que se inflige

Anónimo

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