Tenho dito!
A mim, os de olhar nervoso, a dardejar em todas as direcções,
Que fulmina quem nele se atravessa
A mim, os possuidores de imaginações furiosas,
Que os fazem confundir frequentemente
O que está dentro com o que está fora
A mim, aqueles de mercúrio,
Impossíveis de agarrar
A mim, os que estão em constante expansão desde o início dos tempos,
Já antevendo a sua própria consumação
Porque é inevitável que se dissolvam em qualquer ninharia
A mim, aqueles que quando falam lhes tremem os dentes
E lhes palpita o coração
A mim, aqueles que quando riem ou choram o fazem como se não houvesse diferença entre essas coisas,
Porque reconhecem não haver diferença entre essas coisas
A mim, aqueles que amam de tal forma que lhes parece sempre uma violência que se inflige
Anónimo
0 comentários:
Enviar um comentário